today I feel like killing this man:
Bashar al-Assad
It's difficult to understand the conflict between Palestinians and Israelis, not only due to the long history, which requires patience for being so repetitive and uninteresting, as the purposes and motivations that drive a war between these two people, which I can only see like two kids fighting each other and cry when they lose a toy.
I don't want to offend anyone, I dont want to choose sides that I don't really know: I choose peace. In the end we all chose the same, but meanwhile we prefer to live in the illusion that we are free and live in peace.
I dont want to see Jews applying a new model of Nazism after all their people passed through, nor do I want to see Americans sponsoring a hidden third world war with eight million a day. It's just insane, inhuman and absurd.
In fact I love living in Europe's ass. I have a perfect view of the Atlantic, and a piece of land that I can call mine, because, like any human, I love the sense of ownership, whether my primark dress whether my house. I love knowing that whatever happens in life I will always be with my country, you silly land of Portugal.
But it's just a feeling, the same that the world belongs to humans and not otherwise. The Jews need to have their land, Israel was never sufficed, there is a need to throw any non-jewish into the sea off Gaza. This land is ours, is overcrowded and those who were here before... Just launch another bomb, but wait, lets make sure first that they can not escape... Because they deserve to die?
And it's amazing how these things don't touch us, humans.
We watch the news on tv between a couple of mouthfuls, we scroll the news that may, or may not, appear in feeds from facebook and we choose to give a like to that selfie of a friend who remembered to tweet herself very amused at Auschwitz. The fault is not hers alone, I know that.
We prefer the morning mail with the incredible news of a man that raped a dog, or a woman that stabbed her husband, who used to beat her, seven times.
We are the only beings with conscience, and we use the short time we live to throw bombs, to thread ten thousand Palestinians behind the bars of ambition, cut access to medicines, food and other basic needs by pure evil. We are cruel by nature. We kill flies because they are boring and eat shit, we give up our dog on the road because we had no time to take him for a walk.
We are cruel. It is part of us, I know. But why the hell serves our consciousness? To live the twenties jumping from beach to beach and fuck to fuck, and then live the forties of depression. We feel depressed by the loneliness that attacks us and only then we realize that deep inside we are alone, and we will die alone.
FREEDOM to prejudices, religion, occupational and human responsibility.
We are human, we have a duty to intervene on humans rights.
John Lennon: But I can be alone without Yoko, but I just have no wish to be. There’s no reason on earth why I should be alone without Yoko. There’s nothing more important than our relationship, nothing. And we dig being together all the time. Both of us could survive apart but what for? I’m not going to sacrifice love, real love for any whore or any friend or any business, because in the end you’re alone at night and neither of us want to be. and you can’t fill a bed with groupies. It doesn’t work. I don’t want to be a swinger. I’ve been through it all and nothing works better than to have someone you love hold you.
hey girl, you know you are an ordinary girl when you look me and fall on a platonic teen passion.
Sincerely, Ryan Gosling.
never make a promise you can't keep.
«Filho. Gostava que houvesse uma aragem qualquer que me explicasse esse teu sorriso e outra que te explicasse, sem te magoar, o meu silêncio.»
a vida depois da vida. o momento em que os órgãos vitais decidem que não querem mais continuar o seu trabalho e o corpo passa a ser dono de ninguém. o coração pára porque se farta. suicida-se e mata consigo todas as células pelas quais era responsável. aquilo que um dia foi vida, olhares, abraços e sexo, passa a ser a merda que as moscas comem. pode ser que o melhor seja fingir, a mentira sempre foi o meio mais interessante de se contar uma história. se fingirmos de tal modo que acreditamos na mentira que inventámos talvez consigamos viver sem morrer, e a morte passa então a ser uma fase da vida.
sabes, fiz-te um mealheiro com um copo de cartão do starbucks que tinha o meu nome a caneta, afinal de conta, sem ainda existires, sentia-te já parte de mim. o meu estudo intensivo e sem fim acerca de cuidados a ter contigo e uma enorme expectativa do que seria trazer-te para casa sem ninguém saber, esse mistério curioso do que seria o simples facto de ter um gato. senti-me em parte uma criança, e só isso fez-me feliz. visitei-te quando te encontrei, sem saber bem ainda quem eras tu, e senti-me sem mais palavras feliz. todo pretinho, de pelo feio e com olhos azuis. esperei as semanas necessárias para te trazer com a maior ansiedade possível. e quando vieste, dentro de um saco de papel, estavas muito assustado sem saber o que se passava e para onde te levavam. desculpa. simplesmente não resisti. cabias na minha mão, e querias muito dormir. ofereci-te uma manta que ainda hoje tem o teu cheiro, e sei que nunca a lavarei. gostaste dela o suficiente para a chamares de cama, e aí ofereci-te uma caixinha de cartão onde passaste a dormir com a tua manta. a caixa dizia Alfredo, e Alfredo Hitchcock te chamaste. sinto muito as brincadeiras que tínhamos nesse tempo, como as bolinhas de plástico que atirava e tu corrias para as buscar e trazer de volta. eras matreiro, e só gostavas do melhor. eras dono da razão, um nariz empinado. pois eu, eu gostava de ti assim. levei-te comigo de viagem, e tu nada gostavas de viajar. eu simplesmente queria-te comigo. sempre. e pensei seriamente que nunca nos iríamos separar. o tempo ia passando, e conhecia-te melhor do que ninguém. não eras de todo esquisito, mas a comida só da melhor. contentavas-te com um dia ao sol no quintal, e uma noite quentinha ao lado da tua família. lembras-te quando subiste a chaminé pela primeira vez? fiquei muito assustada por ti e fiz de tudo para vires logo embora, sem sequer perceber que aquele era o teu cantinho. o teu sítio onde mais ninguém podia chegar. era só teu. outras vezes foi arrepiante ver-te. quando te estrangulaste com a trela. quando te vi enforcado não tive reacção. e posso usar a foleira expressão 'o meu coração parou' porque foi realmente isso que senti. quando te salvei tu agradeceste e ficaste muito tempo abraçado a mim. foi bom sentir que estavas protegido e a salvo das coisas más. gostavas muito de passeios. acredita, se não tinhas mais liberdade foi com medo que acontecesse o que aconteceu. mas sempre tentei dar-te o melhor e fazer-te feliz. lembras-te quando te punha na mala de cabeça de fora e íamos passear? e quando te pus no cesto da frente da bicicleta? punhas o nariz de fora a medo e cheiravas tudo! mas um dia saíste para dar uma volta à frente de casa, como matreiramente fazias, e não regressaste a meio da noite como de costume. de manha esperei por ti no quintal, a dormir em cima do baloiço, mas não estavas. a partir desse dia procurei por ti incessantemente. e posso dizer que todas as ruas deste quarteirão ouviram o teu nome. procurei-te nos sítios mais estranhos, mais que uma vez. não sabia se tinhas querido ir à tu vida ou se estavas simplesmente perdido. na altura não interessava, eu tinha de te encontrar. assim foi durante dez dias. todas as noites fazia a minha jornada onde te procurava e chamava sem fim. até que me compreendi que só chamar por ti não chegava, e resolvi ir mais longe. coloquei centenas de papeis com a tua melhor fotografia espalhados pelas ruas. e foi assim que descobri o que é sentir a perda de alguém. a falta da presença daquilo que amamos. é inexplicável o sentimento de chegar a casa e sentir o silêncio, o grande vazio entre as paredes. não vires ter comigo quando chego a casa, para conforme o teu humor roçares-te ou ralhares por ter demorado tanto a chegar. era bom falar contigo, chamar-te e tu responderes. ter a tua companhia e sentir a tua presença onde quer que eu estivesse. a cama é tão grande agora sem ti aos meus pés, aninhado no edredon. queria tanto apertar-te e por-te debaixo do meu queixo como sempre faço. fazes-me falta. demasiada falta.